segunda-feira, 28 de maio de 2012

NEGLECTING OF THE POET


(Veja: Descuido do poeta)

Poetry is always poetry
Ever renewed way of words

For them the feelings
(The same ones, maybe)
Eternally do the same simple
Objective
Immaculate of the meeting
Man – God
Love – Humanity
Crazy passion – Everlasting existence

The poetry itself does what it takes
(refuge of the poet) that neglectedly loses his poems that life gives to him

SPHERIC

(veja: Esférico)

If then sees the horizon from a dotted line from the tip of his nose
He’ll never see art

If the man sees the horizon knowing all he sees
Art will walk with him

If man sees the horizon knowing all he sees and sees not
It walks with him
Nothing will be different from him to the art
Between art and horizon

SAN FRANCISCO‘S IRONY

(veja: Ironia de São Francisco)

If you ever see San Francisco
Talking with birds or
With the silent breeze of dawn
Or with the little creatures
That surrounds him
Do not think he is a nature lover,
No.
It is because he is tired of speaking
to thou in thy language.

GOD‘S HOPE

(veja: Deus em esperança)

God didn’t make man
Nature
The morning dew
And all the things
So when we behold them, We’d love Him.
No.
This would be vanity
And vanity
It is a human trait

God made man
Nature
The morning dew
And all the things
Hoping that we could learn from Him
The reason of His act
Criation.
The man who doesn‘t create
Is distant from God

BENVINDA

Naquela tarde
Nos seus olhos
A cidade aconteceu

Vi ruas enamoradas
de casas nas varandas
Vi sombras sussurrando
Em esquinas apaixonadas
Vi luzes ávidas de escuridão
Flores debruçadas em cores
e abraços trazidos do rio

Desde sua chegada
Canta a cidade encantada
enfeitiçada de te ver

Eu e ela felizes
Fechando as cicatrizes
Com a brisa que vem de você

sexta-feira, 18 de maio de 2012

BIOASSINATURA ORIGINAL

O longo silêncio
que minha tristeza guarda
consome esperanças,
arrasta sinais de vida
céus, horizontes
e tardes iluminadas.

No seu abismo de pó
Nem sobras de sonho
nem ecos de som
nem escala, nada.



... nesse lapso,
esquecido o próprio eu,
diluído na atmosfera
sinto imenso...
o vazio que agora me embala
...
ponto em que a dúvida e a indecisão cedem
à brandura da bioassinatura original
...vão-se lembranças de risos leves
...gorjeios de pássaros
...violinos e sensações
num sobreplano ao lento empuxo desfeito
...momento de equilíbrio
...o não e o sim, refeitos.
...
apenas plano e me misturo
a sintonia cósmica
...dos átomos
...que tricilam
...suas
...músicas.
como o peito arfando
no clamor das ruas

Nesse estado
...primordial
partículas movem-se em descompasso
...umas aqui se separam
...outras ali se aglomeram.
Cadências suaves e sopros
...movem-se
...incessantes
até a inspiração
do menor átimo inconsolável
...
alegreto crescente
...alegro...
...alegro...
no caminho de volta

...
Ah, tristeza...
Adeus,
foi-se embora.

Mas eu,
que sofri sua passagem,
Insisto...
quero  vê-la outra hora,
pois nunca me refez o riso
- erupção de superfície
nem o sofrimento
- desfaçatez do ego.

Tristeza vejo agora,
Refeita a inspiração,
Que teu nome verdadeiro é
...meditação



sexta-feira, 4 de maio de 2012

O ÚLTIMO ADEUS

Ao menos prometa-me...
encostarás teu peito ao meu
de tal modo que, ao partires,
siga meu coração com o teu.

Assim,
mais do que ontem,
mais do que me prometeste,
estarei sempre contigo
e terás,
de mim,
para sempre,
o que mais lhe pertenceu.