Acostumado a tratar do topo das ondas
Do estopim que em breve estoura
Do ar que foge das narinas em meio à cortina de fumaça
Da água que ameaça os pulmões logo abaixo do queixo estendido
Da dor que explode da ferida do outro abatido
Da tragédia do silêncio do corpo torturado e desaparecido
Sei bem o que éramos...
Quando vejo seus olhos sem chama
Suas vozes sem drama
Suas vidas sem trama
Seus rostos à espera
Éramos inteiros
Donos de nossas vidas
Senhores do mundo
Guardiões da Justiça!
Agora o que resta
É o tempo de espera
O silêncio contido
A razão reprimida
A submissão suicida
As vozes do consenso
E nove letras
Elas mesmas perdidas...
R
E
S
A
P
E
Ç
N
A
O que faço com elas, querida?
Minha esperança também anda despedaçada. Adorei o texto! Parabéns!
ResponderExcluirAbraços.
Caribé, desculpe-me pelo fato de somente aprender agora a possibilidade de responder seu comentário. Obrigado, juntando nossos "despedaços" vamos refazendo a esperança pelo caminho. Estou com você!
Excluiro que ainda é boa noticia é que apesar de perdida ela vive, sonhe, realize, lute, a esperança está aí e não pode ser escquecida, muito menos morta.
ResponderExcluirSucesso ")
Bibi.
Bibi, adivinha. Só agora aprendi a "responder" os comentários.
ExcluirBeijos, saudades.