Em algum lugar da vida mora um anjo
Abandonado e inerte como uma estátua grega
Paralisou-o uma névoa iluminada
Suave e branda como madrugada após a chuva...
No chão suas asas
No ar sua espada
Nenhum movimento mais
Mais nada
Vejo em volta o tempo esquecido
As artimanhas da natureza despida
Trançados de plantas, arbustos congestionados
Samambaias gigantes e dezenas de orquídeas
Milhões de gestos sobrepostos e superpostos
surfam sobre seu manto petrificado
e bastaria um definitivo...
Mas pra quê?
Ao seu redor apenas o ar...
O barulho do mar
a luz, a terra
e o esquecer.
Ele deixa o tempo passar...
Pois crê
impassível
Num outro que virá.
Outro
Em que seremos
O por quê
E o pra quê
De tudo o que há
Quem viver
Verá!
É... Quem viver verá.
ResponderExcluirE ainda estamos aqui.
Temos muito para ver, aprender, fazer.
Tem um som que me sopra o ouvido vez em quando...
"Lua beija o dia
vai deixá Paiá
Dia após dia faz Colon brilhar..."
Algo mais ou menos assim.
Doce... Terno... Suave...
Parece soprado por um anjo.
Renata
Tantas vezes li seu comentário e tantas vezes qualquer resposta pareceu-me inútil. Segue, assim, o meu eterno abraço nesse poema que dedico a você.
Excluir...É O CHICO...
ResponderExcluirUM DIA DO MÊS DE FEVEREIRO DE 1981, AO ENTRAR NUMA SALA DE AULA NO CENTRÃO (CEM 04 DA GUARIROBA), ME DEPAREI COM UM PROFESSOR MUITO DOIDÃO. PENSEI, ESSE CARA DEVE SER MACONHEIRO. POXA! ELE ERA DIFERENTE DOS DEMAIS PROFESSORES DAQUELA ÉPOCA. EU ERA ESTUDANTE DAQUELA ESCOLA. POR ALGUNS PROBLEMAS, TIVE QUE DEIXAR DE ESTUDAR. APÓS ALGUNS ANOS, REENCONTREI ESSE PROFESSOR QUE, CONTINUAVA "DOIDÃO", MAS DESCOBRIR QUE ISSO DEVIA POR SUAS IDEIAS DE LUTA. MEU NOME É BEBETO.
ResponderExcluirObrigado pelo doidão. Mas, é verdade, a maconha (ou qualquer outra droga) nunca fez minha cabeça, que anda sempre muito ocupada com tudo aquilo de "normal" que a vida nos oferece. Já é viagem mais do que suficiente!
ExcluirCompreeder o sentido desse universo que vivemos,algumas vezes calmo outras vazio,é por consequencia resistir fielmente ao convivio da solidão,é ai que me encontro.
ResponderExcluirMas o medo perdoa quase tudo inclusive essa reação tão singular ,mas prescisa.Se ao menos soubecimos a falta que fazemos ao mundo quando durmimos não teria o mesmo facinio.
Grande abraço Kino.
Excluir