Quem se importa se lá longe a vida é morta
sangrando ideias poucas em noites frias
Se achada no corpo a bala perdida
Da distância não se ouvem os gritos?
Quem se importa se ali perto a vida é torta
definhando sonhos em canudos curtos
Se esqualidados os corpos e corrompida a vida
Da queda lenta não se ouvem os gritos?
Quem se importa se ao meu lado a vida é porta
Afastando abraços em distâncias medidas
Se destruindo laços em aventuras perdidas
Da dormência do outro não se sente o conflito?
Longe, perto ou ao lado é certo
Soem as trombetas do amor explícito
Que não há distância que nos separa
Da dor do outro ao infinito
Venham chuvas e tardes ensolaradas
Venham mesas postas e comida farta
Venham deuses em nosso apelo
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